Era Bonito



Era bonito. E era amizade, cumplicidade, sinceridade, companheirismo, olho no olho, mão na mão, sua vida na minha e minha vida na sua. Era um jeito de me importar sem obrigação. E ver você se importar comigo sem cobranças. Era bonito. Disso nunca tive nem dúvida. Agora, enquanto você arruma suas coisas e não me dói, eu vejo todas as esquinas do nosso caminho. A gente se desviou antes mesmo de se encontrar. E, no meio da estrada, quem roubou meu coração não foi você. Seu coração também nunca foi meu. Mas era bonito. De verdade, sabe? Por mais que ninguém nunca tenha entendido.
Você é uma dessas pessoas que entram na nossa vida uma única vez. Aparecem aqui, causam um alvoroço, nos ensinam a olhar a vida de uma maneira diferente e depois se vão. Têm outros caminhos para percorrer. Eu também vou para o outro lado. A gente não poderia mesmo ficar junto. Faltaria sempre alguma coisa. Um frio na barriga. Um coração acelerado. Um arrepio frio. Sempre existiria aquela vozinha chata: você sabe, não é ele. Não era você. Não fui eu também.
Porque era bonito, mas não era amor. Não era.

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